Fernando Lopes-Graça – 30 anos de eternidade
A obra de Fernando Lopes-Graça ocupa um lugar importante no contexto da música europeia da segunda metade do século XX. Sendo mais ou menos claras as influências e referentes estéticos de muita da sua música, isso não foi nunca um obstáculo, antes a alavanca que o levou a contruir um idioma composicional individual, em que estão presentes os dilemas das vanguardas do seu tempo – na sua relação dialética com o passado -, mas também as preocupações de um cidadão lúcido, informado e interveniente.
Por essa razão, as suas respostas – sempre relevantes e inovadoras – aos estímulos que lhe foram chegando dos meios internacionais da composição foram sempre pessoais, não se filiando em nenhum dos academismos da música do pós-guerra.
Fernando Lopes-Graça deixou-nos um catálogo onde abundam páginas de nobre beleza, lúcido engenho e profunda espiritualidade. A sua intensa portugalidade é também a semente da sua perene universalidade.
Cabe-nos promover o seu estudo e a sua divulgação, não só para que ocupe o lugar devido no contexto internacional, mas também para benefício e disfrute de todos os públicos.
Horários
19h00
“A obra de Graça no contexto nacional e europeu“ Colóquio com a presença de César Viana e Sérgio Azevedo e Mário Vieira de Carvalho. Moderação: Conceição Correia21h00
Concerto